EDUCAR SEM BULLYING

Amigos (as) leitores (as),

O bullying não é brincadeira. A violência na escola é um problema sério. Por esta razão, é preciso combatê-la.

Todos nós devemos valorizar a regra de ouro: "Trate os outros como você quer ser tratado", pois ninguém merece ser maltratado e não devemos tolerar maus tratos.

Convido você para fazer parte do "Educar sem Bullying". Somente juntos poderemos evitar este mal que ameaça as nossas vidas.


"Bullying nem pensar! Não deixe essa moda pegar!" Viva em paz!


Prof. Edilúcia

sábado, 5 de maio de 2012

Nem Tudo é Bullying

NEM TUDO É BULLYING



Cleo Fante

Especialista em Bullying



Nunca se falou tanto em bullying como nos últimos tempos. Apesar de ser uma forma de violência antiga quanto à própria escola, o tema vem sendo discutido à exaustão. Sem dúvida, o problema é extremamente preocupante e deve ser debatido nas diversas esferas e à luz das diversas ciências. No entanto, milhares de crianças e adolescentes continuam a seenvolver no fenômeno, que parece não ter solução.

Talvez, o grande entrave em nosso país seja a escassez de pesquisas e de estudos científicos - capazes de gerar conhecimento sobre o assunto -, o que tem comprometido o entendimento e o desenvolvimento de ações efetivas para o enfrentamento e erradicação do problema.

Bullying não é isso que muitos estão a divulgar. Não se trata de brincadeiras inconvenientes, conflitos ou ofensas pontuais, que resultam em mágoa ou raiva passageira. Trata-se de violência gratuita, persistente e cruel.

Levantamento de dados que realizamos, com 1.028 matérias divulgadas na Internet - alerta Google -, em 2011, contendo relatos de casos de bullying, revelou um dado extremamente preocupante: 60% dos casos apresentam equívocos na interpretação, devendo ser descartados de situações de bullying.

Mais preocupante, ainda, é a questão do material didático - livros, cartilhas, manuais, vídeos, jogos -, que vem sendo distribuído no mercado. A maioria deles, sem qualquer embasamento científico e repleto de informações e exemplificações equivocadas, trata o tema de forma superficial e apresenta estratégias simplistas, como se erradicar o bullying fosse tarefa fácil. Até o personagem bíblico, Noé - sim, aquele que construiu a arca -, o cientista Albert Einstein, o jogador Ronaldo Nazário, a universitária Geisy Arruda, o político Roberto Requião, a cantora Adele, Luan Santanaq e muitos outros, são citados como vítimas de bullying.

O desconhecimento, a precipitação na análise e divulgação de casos tem colaborado para a generalização e banalização do problema.

O termo bullying deve ser empregado para tipificar comportamentos agressivos ou violentos entre pares. Ocorre quando um estudante ou vários deles- fazendo uso de sua força física ou poder - elege outro(s) como alvo de chacotas, humilhações, ameaças, perseguições, espancamentos, calúnias, dentre outras formas de abusos. O alvo é exposto à opressão de forma gratuita, repetitiva e intencional, resultando em prejuízos, muitas vezes irreversíveis. É mais comum a identificação do bullying no ambiente escolar, embora também ocorra em outros espaços fora da escola, onde os estudantes frequentam. Ambientes virtuais, escolas de idiomas, de futebol, academias, shoppings, clubes recreativos, condomínios residenciais, dentre outros. Entretanto, sua maior incidência, atualmente, é no espaço virtual - cyberbullying -, devido à falsa sensação de anonimato e impunidade, por parte do autor, bem como de muitas vítimas que acabam por reproduzir o que sofrem.

Por causa do bullying, estudantes deixam de frequentar as aulas, mudam de escolas ou desistem de estudar. Devido ao medo ou vergonha da exposição, se retraem ou se isolam dos demais, comprometendo a saúde mental e o processo sócioeducacional.

Apesar da gravidade e urgência na busca de soluções, capazes de conter e prevenir o bullying, é preciso lembrar que existem outras formas de violências - tão graves quanto o bullying -, que não devem ser relegadas ou negligenciadas nas escolas, se queremos construir uma educação para a cultura de paz.
Fonte:http://www.bullying.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=260

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